Câncer de pâncreas: entenda a doença do músico Tony Bellotto
O cantor da banda Titãs e outros famosos já foram diagnosticados com essa doença
O câncer de pâncreas, considerado um dos mais agressivos, voltou a ser destaque com o diagnóstico do músico Tony Bellotto, integrante da banda Titãs. Além dele, outras personalidades já enfrentaram essa condição, como os atores Raul Cortez e Patrick Swayze, o fundador da Apple, Steve Jobs, e o tenor italiano Luciano Pavarotti.
O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago, responsável por produzir enzimas digestivas e hormônios como a insulina, essencial para o controle do açúcar no sangue. O câncer surge quando as células da região sofrem mutações e começam a se multiplicar descontroladamente, formando um tumor.
O tipo mais comum é o adenocarcinoma pancreático, que se origina nas células que revestem os ductos do pâncreas. Existem outros tipos mais raros, como os tumores neuroendócrinos – que tiveram notoriedade com o caso de Steve Jobs –, mas estes são menos agressivos.
Quem está mais vulnerável?
Todo mundo está sujeito ao câncer de pâncreas, mas alguns fatores aumentam significativamente o risco de apresentá-lo:
- Idade avançada: a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 60 anos.
- Histórico familiar: indivíduos com parentes próximos que tiveram câncer de pâncreas possuem um risco maior, especialmente se houver síndromes genéticas envolvidas.
- Tabagismo: fumar aumenta em até três vezes o risco da doença.
- Diabetes: pessoas com o tipo 2 dessa doença há muitos anos podem ficar mais suscetíveis.
- Pancreatite crônica: inflamações prolongadas do pâncreas predispõem a esse tumor.
- Obesidade: o excesso de peso tem sido associado a maior incidência da enfermidade.
- Consumo excessivo de álcool: embora não seja um fator isolado, pode contribuir para a pancreatite, que por sua vez eleva o risco da doença.
- Dieta rica em gorduras e processados: há indícios de que uma alimentação pobre em fibras e rica em carnes processadas estaria relacionada ao câncer pancreático.
O diagnóstico
O grande desafio é que, na maioria das vezes, o câncer de pâncreas não dispara sintomas nos estágios iniciais. Quando os sinais dão as caras, o tumor já pode estar avançado. Os sintomas incluem:
- Perda de peso inexplicável
- Icterícia (pele e olhos amarelados)
- Dor abdominal persistente, que pode irradiar para as costas
- Fadiga intensa
- Fezes esbranquiçadas
- Urina escura
- Falta de apetite e náusea
Se um paciente apresenta esses sintomas, o médico pode solicitar exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames de sangue específicos para ajudar no diagnóstico.
Ao contrário dos cânceres de próstata, mama e intestino, não existem esquemas padronizados de rastreamento populacional para o de pâncreas. Diante disso, a sugestão é conversar com um médico, principalmente se você possui fatores de risco.
O tratamento
Ele depende do estágio da doença e das condições do paciente. As principais abordagens incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e até abordagens mais modernas, como a imunoterapia. Cada caso deve ser definido de forma personalizada.
Infelizmente, porém, como o diagnóstico ocorre muitas vezes em estágios avançados, as possibilidades de tratamento curativo ficam limitadas.
Esperamos pela pronta recuperação do músico Tony Bellotto. Que o seu caso sirva de alerta para se discutir e estudar mais sobre essa condição tão desafiadora. Informação salva vidas.
6 de março de 2025
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