Hérnia incisional abdominal: tudo o que você precisa saber

Ela pode surgir após certas cirurgias e causar muito desconforto. Mas há tratamento (e prevenção!)

Imagine um buraco na parede da barriga, que pode ser pequeno ou grande, e que se forma em um local onde você já fez uma cirurgia. É isso que chamamos de hérnia incisional abdominal. 

Esse buraco pode ser sentido ao toque ou até mesmo ser visível. E se desenvolve por diversos motivos, como: 

• Técnica cirúrgica inadequada: se o cirurgião não fechar a musculatura da barriga corretamente, o risco de hérnia aumenta.
• Fatores de risco: a exemplo de obesidade, diabetes, tabagismo, desnutrição ou doenças pulmonares, favorecem o desenvolvimento da hérnia incisional abdominal.
• Esforço físico excessivo no pós-operatório: levantar peso ou fazer atividades físicas poucos dias após a cirurgia pode romper os pontos e causar a hérnia.

Os sintomas variam desde uma dor na região da hérnia, que costuma piorar com o esforço físico ou ao tossir, até um inchaço, que pode ser visível ou sentido ao toque. Em casos avançados, surgem náuseas, vômitos e até prisão de ventre.

Na maioria das vezes, o diagnóstico da hérnia incisional abdominal é feito pelo médico durante o exame físico. Em alguns casos, ele solicita exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, para confirmar o diagnóstico.

A abordagem terapêutica é personalizada e varia caso a caso. Mas o tratamento definitivo é o cirúrgico. 

A cirurgia consiste em fechar o buraco na parede da barriga com suturas ou com a colocação de uma tela. Em alguns casos, o médico recomenda inclusive o uso de uma cinta abdominal. 

Como prevenir a hérnia incisional abdominal? 

Certas medidas ajudam a evitar esse quadro, como: 

• Manter o peso corporal ideal.
• Controlar o diabetes e outras doenças crônicas.
• Parar de fumar.
• Praticar atividade física regularmente.
• Evitar esforço físico excessivo no pós-operatório.
• Seguir as orientações do médico sobre o cuidado com a incisão cirúrgica.

Por Marcelo de Oliveira Rodrigues da Cunha, 24 de maio de 2024