Olhar da Saúde-Thumbs-Sapinho, doença do beijo e herpes

Sapinho, doença do beijo e herpes: você sabe diferenciar?

Embora sejam muito confundidas, elas são provocadas por micróbios distintos. E conhecer as particularidades de cada uma é importante para se proteger adequadamente

O termo “sapinho” dá a impressão de ser uma infecção tranquila. Nada disso! Essa doença, cujo nome correto é candidíase oral, traz chateações consideráveis. E o pior: frequentemente ela é confundida com a doença do beijo (mononucleose) e a herpes.

Então chegou a hora de desfazer esse nó.

O que é a candidíase oral

Provocada pelo fungo Candida albicans, a candidíase (ou candidose, ou monilíase), quando oral, caracteriza-se por placas “cremosas” e esbranquiçadas na gengiva, na língua, nos lábios ou no céu da boca. Mas ela também pode aparecer em regiões como a vagina, a pele e as unhas. 

A infecção é facilitada quando o sistema imunológico não está suficientemente forte – daí porque é mais comum em crianças. Já um organismo saudável pode até ser invadido pelo fungo do sapinho, mas consegue mantê-lo sob controle, sem que chegue a causar a doença.

As formas de desenvolver a candidíase são várias. Os bebês podem apresentar o problema por meio do uso prolongado de fraldas úmidas, de suor e umidade nas dobras do corpo e da má (ou nenhuma) higienização da mamadeira e da chupeta. 

É importantíssimo acrescentar que a candidíase se dissemina pelo compartilhamento de objetos, como copos e talheres, e o contato com a pele ou outras superfícies contaminadas por uma pessoa infectada. Além disso, é possível sofrer com a doença mais de uma vez na vida.

O tratamento com antifúngicos, como cremes e pomadas, traz resultados satisfatórios – desde que indicados por um médico, após avaliação detalhada. Em situações mais sérias, remédios por via oral ou até intravenosa podem ser necessários. 

O dermatologista é o especialista mais indicado para acompanhar esses casos, que podem ser evitados com os seguintes cuidados:

  • Escovar os dentes regularmente
  • Esterilizar objetos que a criança costuma levar à boca, como brinquedos e bicos artificiais
  • Manter as fraldas e roupas íntimas limpas e secas
  • Lavar as mãos antes de ter contato com a criança
  • Secar bem as dobras do corpo após o banho

Do bebê ao adulto, todo mundo está sujeito a se infectar com a candidíase. Por isso, observar bem o corpo é sempre recomendável, a fim de verificar a presença de sinais suspeitos. Em caso positivo, procure o médico. 

A mononucleose (ou doença do beijo)

Seu nome oficial é mononucleose infecciosa. Sua causa: o vírus Epstein-Barr, que é transmitido principalmente pela saliva – daí o apelido. A doença afeta mais comumente jovens e adultos de 15 a 25 anos, segundo informações disponibilizadas no site do Ministério da Saúde. 

Os sintomas incluem dor de garganta, mal-estar, febre e até dor nas articulações e na barriga, com duração média de 30 a 45 dias. E atenção: a doença do beijo pode ser transmitida por pessoas sem sintomas até um ano após a infecção!

Herpes

Já essa enfermidade é provocada pelo vírus Herpes simplex. À semelhança da candidíase, pode surgir quando a imunidade está baixa, ou seja, nem todas as pessoas que têm contato com o vírus desenvolvem a infecção. 

Uma vez infectado (o que costuma ocorrer na infância), o indivíduo pode apresentar sinais como bolhas pequenas e dolorosas na região dos lábios e também nos genitais. Sim, a herpes é considerada uma infecção sexualmente transmissível e pode facilitar a disseminação de outras infecções, como sífilis e até HIV.  

Por redação,

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